Postagens populares

sábado, 1 de agosto de 2009

Relato da Entrevista - Patricia e Ednilson

Relato da entrevista realizada em 28 de julho, enviado para o blog por email:

Os dias que antecederam 28 de julho foram tensos e marcados por muito estudo! Os professores fizeram um excelente trabalho, acho mesmo que as aulas eram muito mais difíceis que a própria entrevista!

É muito difícil lembrar de tudo o que foi dito e perguntado, pois é uma conversa dinâmica e uma resposta leva a outras inúmeras perguntas, o que está relatado é o que lembramos a princípio:

Nosso horário era às 9h00 e como chegamos 15 min. antes, tivemos que aguardar na recepção do edifício. Às 9h20 entramos no bureau e aguardamos uns 10 e intermináveis minutos. Para nossa surpresa uma moça saiu de uma das salas e (já em francês) nos apresentamos. Mme. Marlenne então nos convidou para entrar.

Nos primeiros minutos ela nos explicou como seria a entrevista, pedido de documentos, verificação sobre o domínio do idioma e nossos objetivos. Pediu nossos passaportes, pediu a data de nascimento e quando ela percebeu que o sobrenome de minha filha era diferente, expliquei que do atual casamento eu só tinha um filho, foi solicitado então o documento de autorização de imigração assinado pelo pai de minha filha – apresentei o original e expliquei que havia enviado a cópia, ela concordou, encontrou o documento e verificou.

Em seguida perguntou se eu conhecia o Québec e que cidade eu havia escolhido. Com a informação que dei, Mme. Marlenne quis saber por que nós havíamos escolhido uma cidade pequena e se eu sabia quantos habitantes há na cidade em que moramos e na cidade escolhida para morar (lembrei de meus professores queridos!).

Perguntou qual era o nosso nível de francês, e rimos quanto fui explicar que eu tinha 430 h e meu marido 30! emendei rindo pardon, ce n'est pas possible (risos) e corrigi, 300 horas!

Na sequência, solicitou meus diplomas, analisou o histórico, perguntou quantas horas eram do curso de pós. Então ofereci a ela a cópia do curso de pós-graduação, pois não havia enviado antes.

A questão seguinte foi sobre trabalho, o que eu havia feito nos últimos anos, contei que era funcionária pública e que lecionava português para alunos de 10 a 14 anos. A conselheira quis saber então o que eu preferia, trabalhar com os menores ou maiores, e também quis eram as dificuldades enfrentadas por mim nessa profissão. Depois que expliquei tudo ela confirmou minha formação em Letras e perguntou em que eu pretendia trabalhar no Québec, mostrei algumas ofertas de emprego de escolas primárias, que pediam assistente de professor e professor assistente em jardim de infância. Ela sorriu (digitou muito) e foi explicando algo sobre a profissão. Expliquei também que havia encontrado ofertas de emprego como recepcionista de hotel, pois eu tenho um curso na área. Contudo, ela explicou que seria mais interessante o trabalho em garderie e escolas, devido à minha experiência e o nível de francês exigido.

O interessante é que cada vez que eu explicava algo e respondia às perguntas, ela digitava muito e dava sinais de que estava compreendendo.

Muito simpática e gentil, ela nos deixou descontraídos e muito calmos, pois a medida em que íamos conversando, menos parecia uma entrevista e que estávamos sendo analisados.

Depois, olhou as duas (e imensas pastas que tínhamos em mãos) e comentou contente que era muito bom ter pesquisas e informações sobre o país. Pediu então que eu explicasse o que tínhamos pesquisados. Mostrei nosso budget com as possíveis despesas que teríamos, preços de tudo o que precisamos p/ viver bem com 2 crianças, inclusive roupas, móveis e equipamentos para casa, preço de aluguel e tudo mais (ela foi sorrindo e concordando – enquanto digitava).

Quando finalizei, ela perguntou se eu sabia sobre o sistema de ensino, abri nossa pasta com o gráfico que mostra o ensino no Québec desde o primário até a universidade e (bola fora) falei que havia o Cegep para minha filha; gentilmente ela me explicou o sistema e disse que o Cegep só é feito após o ensino médio e que pela idade de minha menina, ela irá começar lá o Ensino Médio.

Em seguida ela começou a falar em inglês, confirmou novamente que tinha formação em Letras port/inglês e perguntou qual seria a possível dificuldade que esperava enfrentar ao chegar ao Québec, expliquei que era difícil imaginar a situação, mas que provavelmente a princípio seria enfrentar o frio. Não tenho certeza, mas acho que foi nesse momento em que ela comentou que em Curitiba também faz muito frio (risos), expliquei que realmente, mas nada comparado a nosso destino.

Aqui a minha parte foi encerrada, ela me agradeceu e olhou para meu marido,que fez o próprio relato, porque eu não lembrei de tudo:


EDNILSON

A primeira pergunta foi sobre o que seria o sistema de injeção eletrônica ; que respondi de pronto que se trata de um novo sistema eletrônico de alimentação de motores e que substitui o sistema carburado. Em seguida perguntou qual o meu tempo de experiência e com que eu trabalho atualmente, respondi que tenho mais de 20 anos e que trabalho com reparação, montagem e venda de bicicletas e depois de 1995 com reparação de motocicletas e pequenos motores, citei como exemplos vtt,motoniege e que aprendi com meu pai, mas ela quis saber porque com bicicletas e motos, então expliquei que no inverno cai muito o seviço de bikes aqui e ela explicou que no Canadá a bike é muito utilizada.

Em seguida ela perguntou se eu pedalava e quis saber também que tipo de pedalada eu praticava e onde, respondi ciclo turismo e expliquei que a região metropolitana de Curitiba permitia esta prática. Logo em seguida, quis saber como eu fazia para organizar meus passeios e expliquei que com um mapa da região eu selecionava o trajeto e em seguida convidava entre 10 a15 clientes e seguíamos em passeio, o que é muito comum no Canadá. Depois continuou perguntando se nossos filhos andavam de bicicleta e qui quando foi a última vez que andei de bike.


Finalizada esta parte – silêncio – Mme. Marlenne tirou vários papéis da impressora e enquanto os organizava olhou para nós e disse a tão esperada frase: Parabéns, vocês foram aceitos. Explicou sobre a profissão de meu marido, muito em alta lá no Québec, comentou que seria importante que meus filhos estudassem francês e que já soubessem algo ao desembarcar lá, principalmente a de 14 anos. Elogiou meu francês e reforçou a importância de continuar os estudos, uma vez que quanto mais dominarmos a língua, mais fácil será a adaptação. Falou também sobre um curso gratuito online e disse que se quiséssemos poderíamos levar o guia Aprendre le Québec, informou também como proceder para dar entrada na etapa federal e se tínhamos alguma pergunta...

Enfim: nos deu BONNE CHANCE e au revoir!

Um abraço grande a todos e bonne chance!

Nenhum comentário:

Postar um comentário